Exposição e Inauguração de ‘Espelho Negro’, de Lucília Monteiro.

 

Todas as imagens são bipolares. As fotografias, em particular, são multipolares. Podem ser imagem e objeto, luz e matéria, representação, metáfora e realidade, história e atualidade, espiritualidade, paganismo e religiosidade, verdade e mentira, interpretação e denotação; estáticas e fluídas, planas e tridimensionais, vívidas e espectrais, técnicas e emocionais, programadas e ocasionais. E estas imagens da fotografia que a Lucília nos propõe são tudo isso de uma vez só!
Este novo projeto funda-se na produção fotográfica do seu pai, para produzir uma narrativa muito pessoal sobre a relação entre a psicologia humana relativa à imagem (do próprio e dos outros) e as idiossincrasias do dispositivo fotográfico nas suas variadíssimas estratégias. Através dos processos permitidos pelo segundo, interpretam-se as múltiplas dimensões da primeira – atitudes, vaidades, preconceitos, fantasmas, idealizações, fragilidades, …